Trata-se de um livro-reportagem sobre o hospital Colônia, que foi inaugurado em Barbacena/MG em 1903 e até os anos 80 estima-se que 60 mil pessoas morreram internadas lá. Um verdadeiro genocídio que aconteceu muito perto de nós.
O título do livro se deve ao fato de que as pessoas eram enviadas ao Colônia de trem. Assim como ocorria em campos de concentração. Em ambos os casos, as pessoas não voltavam e eram submetidas a condições subumanas.
As pessoas que eram enviadas para o Colônia, em sua maioria, não tinham problemas mentais. Eram pessoas indesejadas. Prostitutas, homossexuais, mulheres que engravidavam antes do casamento, esposas enviadas pelos maridos que queriam viver com suas amantes e por aí vai.
Em nossa conversa, surgiram histórias pessoais de maus tratos, desprezo por pessoas diferentes, atendimento desumano por profissionais da saúde. Quem não conhece uma história assim? A jornalista Daniela Arbex contribui, com esse livro, para que a história das vítimas de Barbacena não caia no esquecimento. Porque, como afirma a jornalista Eliane Brum no prefácio do livro, o holocausto ainda não acabou.
Para outubro, agendamos dois encontros (datas e locais sujeitos a alterações). O primeiro encontro de outubro será na sala de leitura da escola Flora, no dia 19 (quarta-feira), às 16h. Será sobre o livro "Pomba enamorada ou uma história de amor e outros escolhidos", de Lygia Fagundes Telles. O segundo será na Ação Social no dia 22 (sábado), às 16h, sobre "Claraboia", de José Saramago.
Lygia Fagundes Telles está concorrendo, em 2016, ao Prêmio Nobel de Literatura. Até hoje, o prêmio não contemplou ninguém do Brasil. José Saramago, que era português, o recebeu em 1998.
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